Abordagem clínica e abordagem comunitária no combate ao alcoolismo

https://doi.org/10.63923/sdes.2025.35

Resumo

O alcoolismo representa um grave desafio para a saúde pública. De acordo com o Ministério da Saúde, o consumo de álcool gera uma carga significativa de problemas indesejados e altamente custosos para as sociedades em todo o mundo (FILIZOLA, et al 2006).  Segundo o Ministério da Saúde, para tratamento do alcoolismo o método da abordagem clínica consiste em uma avaliação completa, focada no paciente, levando em conta sua individualidade e o contexto sociocultural em que está inserido. Segundo Giffoni e Santos (2011), a Terapia Comunitária (TC) tem se mostrado uma abordagem promissora no tratamento do alcoolismo, ao valorizar os saberes populares e promover uma medicina mais humanizada, que se alinha às necessidades da população. A integração entre a abordagem clínica e a comunitária desponta como uma estratégia mais completa e eficaz, ao considerar tanto os aspectos biológicos e psicológicos quanto os determinantes sociais e culturais envolvidos na dependência alcoólica. A combinação dessas abordagens permite uma atenção mais humanizada, sensível e contextualizada, promovendo não apenas a redução do consumo de álcool, mas também a transformação das condições que favorecem sua persistência.

Referências

1. ÁLVAREZ, A. M. A (2007). Fatores de risco que favorecem a recaída no alcoolismo. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 56, n. 3, p. 188–193., 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0047-20852007000300006. Acesso em: 7 ago. 2025.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de cuidado: transtornos por uso de álcool no adulto – unidade de Atenção Primária – Planejamento terapêutico – Abordagem / Tratamento. Disponível em: https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/transtornos-por-uso-de-alcool-no-adulto/unidade-de-atencao-primaria/planejamento-terapeutico/ (seção Abordagem / Tratamento). Acesso em: 07/08/2025.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde reúne especialistas para discutir políticas de controle do álcool no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 23 out. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/outubro/ministerio-da-saude-reune-especialistas-para-discutir-politicas-de-controle-do-alcool-no-brasil. Acesso em: 29 jul. 2025.
4. CASTRO, L. A., & BALTIERI, D. A.. (2004). Tratamento farmacológico da dependência do álcool. Brazilian Journal of Psychiatry, 26, 43–46. https://doi.org/10.1590/S1516-44462004000500011.
5. CETOLIN SF, TRZCINSKI C, MARCHI ACW. A internação de usuários de álcool e outras drogas em hospital geral. Saúde debate [Internet]. 2013Dec;37(spe1):122–9. Available from: https://doi.org/10.1590/0103-11042013E13
6. FILIZOLA, C. L. A., PERÓN, C. DE J., NASCIMENTO, M. M. A. DO ., PAVARINI, S. C. I., & PETRILLI FILHO, J. F.. (2006). Compreendendo o alcoolismo na família. Escola Anna Nery, 10(4), 660–670. https://doi.org/10.1590/S1414-81452006000400007.
7. GIFFONI, F. A. DE O., & SANTOS, M. A. DOS .. (2011). Terapia comunitária como recurso de abordagem do problema do abuso do álcool, na atenção primária. Revista Latino-americana De Enfermagem, 19(spe), 821–830. https://doi.org/10.1590/S0104-11692011000700021.
8. NASCIMENTO EC DO, JUSTO JS (2000). Vidas errantes e alcoolismo: uma questão social. Psicol Reflex Crit [Internet]. 2000;13(3):529–38. Available from: https://doi.org/10.1590/S0102-79722000000300020
9. RANGÉ, B. P. (2008) Terapia cognitivo comportamental de transtornos de abuso de álcool e dependência. Revista Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 30, n. 1, p. xx–yy, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/Ht4t7VqdH3BwnQTVHywhSfD/. Acesso em: 29 jul. 2025.